Não
Não digas
nada não
Aos meus
ouvidos
Teus versos
já disseram
Quase tudo
ao meu coração
Não
encostes tanto perto
De mim
Teu perfume
pode enlouquecer
Meu
beija-flor
Pode furtar
a cor dos meus olhos
O que
sobrou do meu arco-íris
A metáfora
da caixa do meu lápis
De cor
Podem
morrer incolor
Pode não
reconhecer a aurora
Do
amanhecer
Não
Não fale do
seu pássaro
O meu que
se encontra aprisionado
Pode pensar
que é amor
E com seu
giz de cera
Tentar
desenhar suas asas
E voar na
amplidão do teu olhar
E se perder
para sempre
Ele não
sabe caminhar de mãos
Dadas
Nem dividir
a barra de chocolate
E o teu
sorvete de morango
Pode
congelar meu coração
Por favor
Não me olhe
assim com este teu olhar
Tuas belas
pupilas podem apagar
Minha lanterna
Meu sol meu
luar
E me deixar
na escuridão
Soneto-acróstico
ResponderExcluirÀ lanterna
A metáfora da caixa de lápis de cor
Pode a cor dos meus olhos gatunar
A meus ouvidos nada me faz supor
Grande amplidão daquele teu olhar.
As tuas pupilas podem até apagar
Resta-me este sorvete de morango
Ledo engano crer que existe lugar
Aonde podemos dançar um tango.
Não apague minha lanterna então
Tenha em mente que éramos dois
E cada momento nunca foi em vão.
Resta-me reconhecer a aurora pois
Nela todos os nossos sonhos estão
Assuma que a minha lanterna sois.