Eu era as
tecla daquele piano
Molhado de
luar
O gole de
conhaque requentado
Pelas
estrelas
A voz
rasgando o jazz de pura
Paixão
Trazia o
canto do sabiá
Na lapela
As pétalas
na cigarreira
Na
algibeira
O melro que
cantou no alpendre
Da tua casa
Depois foi
embora e nunca mais
Voltou
Eu era as
cordas do violoncelo
Balbuciada pelo
crepúsculo
O osculo do
colibri na roxa
Papoula
Que balouça
nos cabelos
Do vento e
das tempestades
Eu era o
espantalho cultivando
O milharal
E aprendendo
a gramática
Dos corvos
E fui com
os instantes vividos
E as
migalhas das metafísicas
Tornando-me
amante da solidão
E polindo o
nervo do meu olhar
Para contemplar
melhor
A eternidade
Belo! Ainda mais na voz de Diana Krall- não consegui ver o vídeo, mas conheço a música. Acho que a gente vai se transformando aos olhos de quem nos vê. By the way, não tenho te visto em minhas casinhas...
ResponderExcluir|abraços, Luiz.