Natal
Não é apenas uma semente
De tâmara
Que tem gosto de deserto
Histórias de mil e uma noite
Um luar abrasador
Mas é o nascimento de um poeta
Que versificava sobre o amor
E o reino de Deus
Colocando dentro de uma semente
De mostarda
Parábolas profundas eternas
Vestia os trigais separando-o
Do joio
Os lírios dos mais garbosos
Fatos
Aromas
E pêndulos ditosos
Que nem o poeta de provérbios
Se vestira como eles
Nem uma rainha com seus bordados
Véus sedosos
Coroou-se de espinhos sanguinolentos
Para trazer-me vida
Para que eu ame o outro
E tenha no meu coração
A mansidão
E compreenda a autoconsciência
Eu um grão tão pequeno
Nesta imensidão
A vagar com minhas metafísicas
Do ser e do não ser
E pobres poesias procurando
Dizer
Coisas que eu nem consigo
Compreender
Christmas
ResponderExcluirO ano inteiro, de janeiro a novembro
Move-se o mundo em rítmico normal
E das festas finais sequer me lembro
Só que chega dezembro vem o natal.
Dia que toda a família, cada membro
Obedece aquela redenção comercial
E como que não havendo o setembro
Sai da conformidade a dar com o pau.
Tudo vira presente, tudo vira messe
Risos, comemorações e falsa alegria
E como dívida em janeiro não tivesse.
Só que enquanto quase toda gente ria
Sob essa falsidade instala-se estresse
Então vale a pena gastar essa energia?
Sobre o Natal, o poema mais bonito que li! Abraço!!
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