Este vento
quente que sopra
Meu semblante
Faz singrar
a vela e
Seu almirante
Que cheio
de esperança
Destrança a
trança de cabos
E alça vôo
Recolhendo
ancoras e deixando
Alguns pretéritos
Algum amor
no cais
Entreabre um
espumante
Numa concha
ou
Numa taça
de cristal derramam
Gotas de cristais
A nave jaz
Seguindo o
roteiro como um albatroz
Veloz vai
Assaz
Como uma
gaivota que se desligou
Do bando
E debandou
Agora não
come somente sardinhas
Mas pedaços
de estrelas
E tanto
azul do céu
Soneto-acróstico
ResponderExcluirÀ nave que vai
Se aquele é vento soprando quente
Infenso à calmaria da desesperança
Navega o barco no mar inclemente
Ganhando ares enquanto destrança.
Recolhe sua âncora no mar assente
Algum pretérito no cais que se lança
Nas velas em chamas então somente
Debanda viagem numa maré mansa.
O que faz a gaivota sem o seu bando
Mesmo que sardinhas não coma mais
A nave vai veloz, contudo até quando?
Receio que apenas em outros arraiais
Esse barco continue assim navegando
Seja Almirante igual entre seus iguais.