eu bebo na cuia tupi
algumas palavras
engulo um larva
e vomito uma borboleta
o céu azul
as nuvens brancas
e um soneto de Espanca
e o bramido e a maresia
de verde mar de Alencar
as velas do Mucuripe acendem o sol
alçam seu lençol
e vão pescar
depois voltam cherios
de sonhos
A vate que sonha
ResponderExcluirNa cuia tupi, as palavras o vate bebe,
algumas se tornam poemas bem verazes;
engole larvas, o seu jeito de ser plebe,
vomita borboletas líricas, fugazes.
O céu cerúleo do seu jeito ele o desanca,
coloca nuvens brancas onde não havia;
e completa com um soneto de Espanca,
ao rompante do bramido da maresia.
Faz homenagem ao verde mar de Alencar,
quando acendem o sol velas do Mucuripe,
as quais alçam um lençol ao seu patamar.
Não há sonho que o poeta não participe,
de rmaneira que, versejando vai pescar,
os tais sonhos que são verdadeiro acepipe.
Belo poema, meu caro L Alfredo. Após ler o soneto do nosso amigo poeta Jair não resta nada mais senão aplaudi-lo de pé. Abração aos dois. Tenhas um ótimo fim de semana.
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