O orvalho
deslizar na pétala da rosa
Lentamente levado
pela maresia
O congelei
nos versos desta poesia
Mas ele
esvai deixando a rosa formosa
Deixai esta
mística beleza sem tosa
Os cantares
do rouxinol da cotovia
O canto do
bem-te-vi que deflora o dia
A brisa que
amanhece tão vaporosa
O orvalho
liquefaz na pele sedosa
Mas o
sentimento do amor mui reluzia
São gotas
de uma tempestade poderosa
Que nenhum raio
caloroso desfazia
Pode ser
uma louca paixão desastrosa
Tal o Lorde Byron delirando fazia
A rosa e o orvalho
ResponderExcluirE, por breve momento, o orvalho cintila
Na ponta da pétala meio desequilibrado
Então no exato átimo sua vontade oscila
Entre brilho efêmero e cair no gramado.
A rosa fascinada, mesmo que tranquila
Àquele broche tão logo foi dispensado
Substitui pelo que o segue naquela fila
Que para brilho também é vocacionado.
Mas, há paixão entre a rosa e orvalho
Entre o brilho da gota e o colorido dela
Infelizmente, entre eles não há atalho.
Porque a rosa coquete não é Cinderela
Permanece estática no seu sólido galho
Enquanto o orvalho no chão se estatela.