Ando por
este mar verde
Como os
olhos de Rosinha
Tenho o meu
luar do Sertão
Minha casinha
minha cacimba
Meu pilão
Minha rosinha
Meu violão
Mas ando
por estes mares
Do Ceará
Tenho a
impressão que escuto
Nereidas
Poemas dos náufragos
Destroços das
naus
Entro no céu
de estrelas dos mares
Luares antigos
Maresia
Ondas bravias
morrem sombrias
Nas frias úmidas
areias da praia
Como pele
de porcelana
Branca como
a pele dela
Escuto antigas
canções das ondas
Na concha
no meu ouvido
Na palma da
minha mão
Escuto
bandos de gaivotas
Gritos que
me enchem o coração
Com o tempo
fui me acostumando
Com elas
Ando na
orla sombreado dos parágrafos
Poéticos de
Alencar
Coqueiros de
palmas doces
E estas
gaivotas em gritos
Quase alaridos
Acho que me
tornei uma delas
Acho que me
aproximei mais do conceito
De Liberdade
E comecei a
pintar a vida
Com as
cores do arco-íris
Soneto-acróstico
ResponderExcluirÉ, poeta, tu tens teu Luar do Sertão
Sobre esse mar verde andas então
Do Ceará certas nereidas tu escutas
Ouve destroços das naus nas grutas.
Branca como a pele da pala da mão
Apaixonado pelo mundo, porque não?
No olho de Rosinha, lágrimas enxutas
Dê liberdade prás gaivotas, prás putas!
Ondas destarte morrem pois sombrias
De certa paixão desmesurada talvez
Em que pese serem assim tão bravias.
Luares de porcelana e tu a cada vez
Aboliram dos parágrafos, as alegrias
Seja por mérito, orgulho ou timidez.
Caro Alfredo, poeta telúrico, muito bom teu poema, replicado pelo excelente acróstico do ótimo poeta Jair.
ResponderExcluirUm abração daqui da terra do Minuano. Tenhas um ótimo dia.