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sábado, 29 de agosto de 2015

O Milagre do Amor


Era uma tarde muito quente
Você tomava um sorvete de amora
Nosso papo quase não demora
Você foi logo embora
Imaginei que nunca mais iríamos
Encontrar-nos
Que seriamos átomos viajando
Separados para sempre neste universo
Sem fim
Até guardei na memória lembranças
Dos teus enigmáticos olhos
Batom de cereja
Um guardanapo amassado
Que você deixou cair
Mas você voltou
E nunca mais saiu da minha vida
Nunca mais duvidei de Deus
Hoje dividimos a xícara de café
E bebemos o amanhecer
Os cantos dos pássaros
A barra de chocolate
E nos impregnamos de tangerina
Acho que Deus teve pena de mim
E tomou meus poemas apaixonados
Como uma oração




quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Eu sei que não era amor

Olhaste para mim
Com um lapso sorriso
Nos lábios
Nem era amor
Pra mim foi um Deus
Me acuda
Era um poema de amor
Do Neruda
Minha palavra ficou
Muda
Era um grande amor
Imenso demais
Não esquecerei jamais
Agora sou uma alma
Perdida
Nunca mais vou me encontrar
E era apenas um belo sorriso
Nos lindos lábios de batom
Doce como a seiva da flor
E nem era amar
Nem prenuncio de paixão
Pra uma bomba de mil megaton
Um cogumelo atômico
Que explodiu
Meu pobre coração


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Flor do meu Sertão



Sem os poemas do Patativa
Do Assaré
A margarida despetalada
Balbuciando na última pétala
Em cima de uma poesia
De Florbela
Que ela não me ama
O que será de mim
Sem ela
O luar do sertão ainda
É lindo
A rosa Amélia é bela
E floriu no vaso da janela
Meu coração agora é um soneto
De Vespasiano Ramos
Declamando saudades
Minhas mágoas

No Cai N’ água